quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A COR DO CABELO MOSTRA A PERSONALIDADE DE CADA UM


O tom cria estados de ânimo e descreve gostos e comportamentos.


A cor do cabelo mostra a personalidade de cada um

A cor do cabelo de cada mulher fala por ela, escuro, avermelhado loiro… Apesar de não ser natural, a cor que se leva na cabeça influi em como as pessoas se vêm e são tratadas. Absurdo? Sim, mas assim vem sendo ao longo dos séculos.

As ruivas cativaram o pintor francês Henri de Tolouse Lautrec, muito em especial as do cabaret Moulin Rouge, as quais foram modelos de muitas das suas obras. Ora a preferência do artista teria sido perigosa para ele se vivesse na idade média, quando se acreditava que todas as mulheres de cabelo avermelhado tinham um pacto com o demónio.

Por sua parte, os habitantes da antiga Grécia preferiam o cabelo loiro; aplicavam-se certas soluções que incluíam azeites com pétalas de flores amarelas para o aclarar.

No que diz respeito às morenas, a actriz da época dourada de Hollywood, Ava Gardner, disse uma vez: “Ter o cabelo escuro deu-me sorte, os homens: escutam-me, leva-me a sério e confiam plenamente no que sai da minha boca”.

A cor do cabelo tem e sempre teve influência sobre as pessoas.

Mas afinal, o que representa ser loira, morena ou ruiva? “Uma carga muito forte, pois a simbologia da cor diz-nos que o tom de cabelo se encarrega de criar estados de ânimo, assim como de descrever personalidades, gostos, reacções e comportamentos”, afirma a socióloga Elizabeth Escoto.

O reino das ruivas

A coloração mais chamativa e que no passado inspirava inclusive medo é sem dúvida a avermelhada. Nos tempos medievais afirmavam que quem se cruzasse com uma pessoa de cabelo avermelhado seria perseguida pelo azar, a menos que tocasse num botão da camisa que usasse (superstições antigas mas todavia ainda existentes nalguns locais do planeta).

Ruivo: para as mais ousadas
Ruivo: para as mais ousadas

Por esse motivo tão incrível, muitas ruivas foram repudiadas, banidas e inclusive assassinadas (o mais comum era a fogueira).

Mais atrás no tempo, nos primórdios da cultura judeo-cristão, acreditavam que o cabelo ruivo era marca dos descendentes de Caín, o fratricida.

Países como o Reino Unido e a Irlanda são onde existem um maior número de ruivas. Em pleno século XXI, na Escócia acreditam que se um homem caminhar numa rua entre duas mulheres com esta característica, receberá muito dinheiro em pouco tempo.

Na actualidade, se uma mulher decide pintar o seu cabelo de tons avermelhados, deve ter em  conta não só as suas características físicas, mas também a sua personalidade. “Esse tom apenas favorece as mulheres com uma forte atitude e determinação”, afirma sem hesitar a estilista Rocio Medina, das estéticas “Le Parisien”.

As loiras

O loiro, cor do ouro, sempre fascinou desde a época greco-romana até aos nossos dias. Diz a lenda que a Deusa do Amor, Vénus, era dona de uma cabeleira “beijada pelo sol”.

Paris Hilton é um exemplo de uma loira inteligente
Paris Hilton é um exemplo de uma loira inteligente

Na idade média, as loiras eram consideradas pecadoras, enquanto que no Renascimento incitavam o desejo sexual. Actualmente, mais concretamente a partir dos 50 anos, ser loira é símbolo de juventude.

Pese o facto de durante algum tempo se pensar que as loiras não eram inteligentes, a realidade demonstrou que nada podia estar mais longe da mentira.

As morenas

O cabelo escuro é visto como uma característica de formalidade, e principalmente para os poetas árabes, fonte de inspiração.

Morenas: sinal de seriedade
Morenas: sinal de seriedade

Já um estudo da Universidade de San Marcos, na Califórnia, confirma que as mulheres de cabelo escuro auferem um salário entre 10 a 15% mais elevado do que uma mulher com outro tom de cabelo.

Loiras com final anunciado

Genuinamente falando, obviamente, segundo o geneticista Axel Kahn, da Organização Mundial de Saúde (OMS), a ultima loira do planeta nascerá na Finlândia até ao ano de 2200.

Se bem que este organismo internacional nunca tenha confirmado a existência de uma investigação que comprovasse o que disse Kahn, esta teoria parece no entanto bastante fundamentada: actualmente é bastante baixa a proporção de pessoas portadoras do gene que determina o cabelo loiro. Ora para que nasça um bebé com essa tonalidade, tem que ter geneticamente a herança de ambos os pais.

A psicanálise do cabelo

Como já vimos a cor do cabelo provoca reacções diversas. Neste sentido nada se compara com os vermelhos. Inclusive na Inglaterra, onde mais se vêm.

Relativamente à maneira como afectam as piadas, as mentiras e humilhações que se fazem às pessoas pela sua cor de cabelo, a psicóloga Elizabeth Escoto disse: “A humanidade tende a ter preconceitos sobre tudo e todos que foge do comum. Ao ser o cabelo uma parte essencial do nosso aspecto físico, afecta (de maneira positiva ou negativa) a auto-estima e percepção que cada um tem de si mesmo”.

A verdade é que nem as loiras naturais, tão imitadas, se salvaram. Diz-se que não são inteligentes. Essa “etiqueta” tem um peso fundamental nas suas vidas. Por exemplo, na Universidade Internacional de Bremen escolheram-se 40 mulheres loiras entre 80 estudantes, para as submeter a um teste de inteligência o qual media a velocidade e exactidão das suas respostas.

Loiras menos inteligentes do que as morenas: simplesmente um mito
Loiras menos inteligentes do que as morenas: simplesmente um mito

Antes do teste começar foram obrigadas a ler varias anedotas referentes à falta de inteligência das loiras. Resultado: o rendimento destas nos testes foi menor do que o das companheiras. Os comentários negativos sobre elas afectaram-nas consideravelmente.

Mudar de personalidade é um lugar-comum nos dias que correm e, neste contexto, muitos atrevem-se com novas cores capilares. No caso das mulheres, desde há 40 anos que elegem o loiro como cor de eleição, contemplando imagens de famosas actrizes como Marilym Monroe.

Mas como disse a socióloga Escoto, um dos principais responsáveis dos estereótipos e consequentes malefícios, é a difusão que se faz através das celebridades, criando assim novos modelos que as pessoas estão dispostas a seguir imitando padrões com os quais nunca se vão sentir identificadas dentro de uma determinada esfera social.

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